Desde maio de 2021, a tarifa de energia elétrica no Brasil paga pelos consumidores cativos está em bandeira vermelha. Em junho, o adicional será em patamar 2, de R$6,243 a cada 100 kWh consumidos. O patamar 2 indica condições ainda mais custosas para a geração de energia.
No mês passado, quando foi aplicado o patamar 1, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adicionou o custo de R$ 4,169 para cada 100 kWh.
A medida foi adotada por conta da seca nas bacias hidrográficas que compõem o Sistema Interligado Nacional (SIN). Os níveis estão mais baixos que a média desta época do ano, o que, de acordo com a Aneel, indica ainda que será necessário o aumento da produção termelétrica.
Bandeiras tarifárias
Adotado em 2015, o Sistema de Bandeiras Tarifárias indica se haverá ou não acréscimo no valor da energia elétrica repassada ao consumidor final, conforme as condições de geração de eletricidade.
Entenda o que representa cada uma das bandeiras:
Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo.
Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,01343 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos.
Bandeira vermelha – Patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,04169 para cada quilowatt-hora kWh consumido.
Bandeira vermelha – Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,06243 para cada quilowatt-hora kWh consumido.
O sistema é adotado em todo o Brasil, com exceção do estado de Roraima que não aderiu ao esquema.
Segundo estimativas da ANEEL, a bandeira vermelha 2, sobretaxa cobrada nas contas de luz atualmente, deverá passar dos atuais R$ 6,243 para R$ 10 a cada 100 quilowatts (KW)/hora consumidos — um aumento da ordem de 60%.
Com informações da Aneel
