Como funciona o Mercado Livre de Energia no Brasil?
14/10/2020
Se sua empresa ou indústria é um grande consumidor de energia elétrica, pode negociar diretamente preços e condições com fornecedores diferentes. Este ambiente é chamado Mercado Livre de Energia. Continue lendo para saber mais!
Como consumidores residenciais, comerciais ou de indústrias com menor demanda, nos acostumamos a pagar pela energia de uma maneira muito simples: o valor de base é definido pelo Estado, e o custo calculado conforme o consumo. Os serviços de geração de energia e distribuição são cobrados em uma só conta, com suas regras, tarifas e bandeiras pré-definidas e não negociáveis. A este modelo, foi dado o nome de Ambiente de Contratação Regulada (ACR).
Porém, a partir de 1995, uma lei alterou este cenário, trazendo gradativamente inúmeros benefícios para empresas com demanda contratada igual ou superior a 500 kW. Assim, a energia elétrica, enquanto produto, foi separada do serviço de distribuição, criando um novo ambiente: o Ambiente de Contratação Livre (ACL). Nele, a distribuição continua sendo feita pelo Estado, representado pelas Distribuidoras de Energia Elétrica, porém o consumidor pode escolher o fornecedor de quem irá comprar a energia elétrica, firmando contratos que apresentem as melhores condições de preços, volume e prazos.
Diante da existência de competitividade e concorrência entre fornecedores, o Mercado Livre de Energia tornou-se uma forma segura e confiável de adquirir energia elétrica, negociando diretamente as condições com o comercializador ou gerador, o que permite que indústrias e empresas reduzam seus custos, aprimorem o planejamento de orçamento e otimizem a operação com consumo no horário de ponta, por exemplo, entre tantas outras vantagens.
Obrigatoriamente, todos os contratos firmados entre as empresas e fornecedores devem ser registrados na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Ela é responsável pelo registro, monitoramento e liquidação de todos os contratos.
Como você pode ver, o Mercado Livre de Energia torna a energia elétrica mais um insumo negociável dentro da cadeia produtiva, assim como ocorre com recursos humanos, máquinas e matéria-prima, por exemplo. Além de proporcionar uma redução nos custos com energia elétrica, os contratos negociados sob este modelo são isentos da cobrança de bandeiras tarifárias. E as vantagens não param por aí. Ainda é possível optar pela compra de energia elétrica incentivada, ou seja, gerada por meio de fontes renováveis, como Pequenas Centrais Hidroelétricas (PCH), biomassa, eólica e solar. Comprando este tipo de produto, o consumidor ainda conta com descontos em uma parcela da tarifa de uso do sistema de distribuição que podem variar chegar a 100%.
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