A energia elétrica está mais cara. Saiba o motivo e entenda como o baixo nível nos reservatórios impacta na tarifa
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A energia elétrica está mais cara. Saiba o motivo e entenda como o baixo nível nos reservatórios impacta na tarifa

1/07/2021

Com bandeira tarifária vermelha pelo terceiro mês consecutivo, o preço da energia elétrica deve seguir em alta pelos próximos meses no Brasil. O motivo é o baixo nível dos reservatórios que compõem o Sistema Interligado Nacional (SIN), responsáveis pelo abastecimento dos reservatórios e diretamente afetados pelo ciclo das chuvas. 

A energia elétrica proveniente da fonte hidráulica continua sendo muito representativa na matriz elétrica brasileira, com 60% do total de capacidade instalada de geração.

Desde abril de 2020 as chuvas não atingem 90% da média histórica de 91 anos a Média de Longo Termo – MLT, e desde setembro de 2020 não chove nem pelo menos 75% desta referência.

Isso fez com que as autoridades governamentais optassem por despachar usinas termelétricas não programadas na tentativa de preservar as condições dos reservatórios.

Esses aumentos vieram tanto por encargos de serviço de sistema, arcado pelos consumidores do ambiente livre, quanto por bandeiras tarifárias, pagas pelos consumidores cativos.

Os consumidores cativos têm arcado com um custo extraordinário que varia entre R$ 13,43/MWh e após aprovação ocorrida em 29/06/2021 pela ANEEL pode chegar a R$ 94,92/MWh consumido.

No mês de julho de 2021 será aplicada a bandeira tarifária vermelha patamar 2 no seu valor mais alto, com adicional de R$ 94,92/MWh consumido para os consumidores cativos.

A situação vem sendo enfrentada com mais intensidade desde o começo da década de 2010, quando a condição de estiagem ficou mais evidente. Para 2021, a previsão é de chuvas abaixo da média, especialmente com a aproximação do inverno, que é uma estação tradicionalmente mais seca. Além disso, o ciclo entre setembro de 2020 e junho deste ano já registrou chuvas abaixo do padrão, tornando a situação ainda mais crítica. 

Sistema das regiões Sul e Sudeste enfrentam o problema de maneira mais grave. Além de São Paulo, o estado do Paraná registra a maior seca em mais de 50 anos e a crise já se estende por mais de um ano. 

Especialistas apontam os principais fatores responsáveis pela escassez das chuvas: o aquecimento global e o consequente aumento da emissão de gases na atmosfera; desmatamento e queimadas. Estes processos aumentam a temperatura e, consequentemente, modificam o padrão das chuvas.

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